O Movimento Cuidar dos Cuidadores Informais considera que os milhares de cuidadores informais em Portugal, tantas vezes invisíveis quando se trata de acesso a apoios, voltaram a ser invisíveis no momento da escolha dos grupos prioritários para a vacinação contra a Covid-19. E deixa o apelo: um cuidador informal infetado é incapaz de manter os cuidados que presta, podendo ainda infetar a pessoa de quem cuida.
Esta é uma posição também assumida pela APELA e em torno da qual a Associação tem vindo a trabalhar, pedindo uma reavaliação dos critérios subjacentes à escolha dos grupos prioritários, não só no que diz respeito à vacinação dos cuidadores, mas também no concernente à vacinação de pessoas com ELA.
A questão foi primeiramente colocada, em Julho de 2020, ao Ministério da Saúde, a quem se apelou para incluir os cuidadores informais no grupo prioritário de vacinação. A resposta chegou em janeiro passado, quando o então coordenador da ‘task force’ do Plano de Vacinação contra a covid-19, Francisco Ramos, informava que estes cuidadores não foram incluídos na primeira fase”.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.355.410 mortos no mundo, resultantes de mais de 107,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 14.885 pessoas dos 778.369 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.