Fisioterapia respiratória e terapia da fala são duas das intervenções possíveis, ao abrigo do projeto “Domicílios a Pessoas com ELA”, financiado pela Câmara Municipal de Lisboa

A pandemia por Sars-Cov-2 confrontou-nos com vários desafios que exigiram uma capacidade de adaptação a novas normas e orientações de segurança, com incontornável impacto nos modos de interação social, na organização do espaço público e privado e na reestruturação das formas de trabalho.

A APELA, enquanto entidade responsável por promover uma resposta a pessoas com ELA e a suas famílias em áreas como a fisioterapia respiratória, a terapia da fala, a nutrição, a psicologia e o serviço social, procurou seguir este processo de adaptação estruturando a sua atuação em duas fases.

Durante a pandemia, designadamente nas fases de contenção, contenção alargada e mitigação, recorreu-se a um acompanhamento à distância com os trabalhadores em regime especial de teletrabalho e, numa fase posterior, próxima da fase de recuperação e após aval das Autoridades de Saúde, retomou-se de uma forma gradual o acompanhamento presencial junto de pessoas com ELA não ventiladas.

A opção pela segmentação da população abrangida nesta primeira fase de acompanhamento – entre pessoas ventiladas e não-ventiladas – prendeu-se, essencialmente, com os fatores de risco associados à progressão da doença, com destaque para as especificidades que o cuidado respiratório exige; sem esquecer as características físicas do espaço APELA.

Contudo, na certeza de que há um conjunto de pessoas com ELA ventiladas que necessitam de garantir a continuidade do seu tratamento e que, por força das circunstâncias, estão impossibilitadas de se deslocar à APELA, procurou-se construir um projeto capaz de dar uma resposta eficaz a este nível.

Com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa, a APELA avança com a concretização de uma intervenção em contexto domiciliário durante seis meses, junto de um conjunto de doentes que se encontram ventilados e que residem na região de Lisboa, área abrangida pelo projeto “Domicílios a Pessoas com ELA Ventiladas”.

Este acompanhamento domiciliário teve início no dia 21 de Setembro e a seleção dos doentes será feita em função da sua situação clínica, priorizando aqueles que não têm qualquer tipo de acompanhamento, nomeadamente em áreas como a fisioterapia e a terapia da fala, e que se encontram ventilados e/ou em situação instável do ponto de vista respiratório.

Para mais informações, contacte-nos para comunicacao@apela.pt .