Vivemos um estado de exceção, num mundo que exige de nós a aceitação de uma duração. Hoje, mais do que nunca, somos do tempo.

Somos de um tempo suspenso que trava o acontecer contínuo, para nos lembrar que é preciso parar.

E parar é um desafio que, por sua vez, nos leva a um outro: como manter o sentido na paragem? Ou ainda, como encontrar no cessar daquilo que era contínuo, um ponto de partida para algo novo?

Diariamente, acompanhamos pessoas cuja história nos mostra que é possível continuar a criar, mesmo depois do confronto com um diagnóstico que as levou a parar. Os exemplos estendem-se de pessoas que escreveram livros com recurso ao olhar, a pessoas que continuaram a dar aulas através de Tecnologias de Apoio à Comunicação. Há quem tenha encontrado na leitura e na fotografia um hobbie regular, e quem exerça a sua maternidade/paternidade, participando ativamente na construção da nossa sociedade, independentemente do impacto provocado pela progressão do diagnóstico.

Aqui reside um dos maiores ensinamentos que uma pessoa com ELA nos pode dar. Por mais incerto e imprevisível que este intervalo de tempo possa ser, ou por mais duro que este confinamento se revele, haverá sempre algo a criar para fazer da vida que nos aconteceu e do mundo no qual vivemos um lugar melhor.

Ajude-nos a continuar a acompanhar a pessoa com ELA e os seus familiares, garantindo uma intervenção atempada e humanizada, que proteja os seus direitos e os apoios necessários à salvaguarda da sua qualidade de vida, nomeadamente num cenário de risco, insegurança, isolamento e confinamento, como aquele que vivemos hoje.

Consigne 0.5% do seu IRS à APELA, sem qualquer custo para si. 

Preencha o quadro 11 da folha de rosto do modelo 3 da declaração: - Assinalando a opção "Instituições Particulares de Solidariedade Social ou Pessoas Colectivas de Utilidade Pública", e - Indicando nesse quadro o NIF da APELA: 504 064 592.

Juntos estamos mais próximos de quem precisa.