A APELA volta a participar na Maratona de Desenvolvimento de Tecnologias de Apoio e Acessibilidade (TOM Leiria), com a proposta de um desafio que será avaliado no Pré-TOM, agendado para 12 de Abril, entre as 10h30m e as 13h00m,  na Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Leiria.

De acordo com a página do evento, "neste encontro os participantes conhecerão melhor a organização, os desafios e respetivos proponentes,  farão a seleção dos projetos e completarão a composição das equipas de makers. A partir deste momento as equipas podem começar a trabalhar nos desafios".

Em 2019, o desafio proposto pela APELA consiste na criação de uma campainha adaptada de dimensões pequenas, económica e cuja ativação não necessite de movimentos provocados por um segmento corporal, fala ou sopro.

O desafio apresentado vai ao encontro de uma das preocupações identificadas pela APELA, no acompanhamento diário de pessoas com ELA.

Considerando as especificidades desta patologia, o facto de as perturbações na fala e na comunicação limitarem a capacidade de a pessoa com ELA chamar por alguém e/ ou pedir ajuda através da fala, ou ainda uma situação em que as limitações motoras impedem a ativação de campainhas convencionais, torna-se necessária a utilização de campainhas adaptadas. As campainhas adaptadas podem ser ativadas por interruptores (switches) com contacto físico (toque, sinais bioelétricos) ou sem contacto (deteção de movimento, aproximação, calor, som, fala, sopro).

Associado ao equipamento ou instrumentação que recebe o sinal de ativação da campainha, surge também, na maior parte dos casos, a necessidade da utilização de um braço articulado, cuja função é o posicionamento do interruptor ou sensor ao alcance da pessoa.

Estes produtos de apoio são dispendiosos, encontram-se ao alcance de poucas pessoas e nem sempre estão disponíveis nas unidades hospitalares e lares, por serem caros e por ocuparem espaço, dificultando a logística no tratamento aos doentes. Para além dos fatores anteriormente mencionados, a ajuda financeira do Estado para a atribuição de produtos de apoio à comunicação é escassa.

O desafio lançado pretende dar resposta a um dos vazios nesta área de intervenção, considerada pela Associação como crucial, no momento de garantir o direito à comunicação da pessoa com ELA, em qualquer contexto.

Sobre o TOM: Leiria – Maratona de Desenvolvimento de Tecnologias de Apoio e Acessibilidade:

Nesta atividade, equipas multidisciplinares são desafiadas a desenvolver soluções tecnológicas e de acessibilidade para pessoas com necessidades especiais durante o período das jornadas.

Pretende-se com esta ação promover a criatividade, inovação, cooperação multidisciplinar e a cultura científica na área, demonstrando ao mesmo tempo que profissionais de diferentes especialidades e utilizadores têm capacidade para, em conjunto, contribuírem para o desenvolvimento de respostas a necessidades de pessoas com deficiência e idosos.

Estas respostas podem ser High Tech ou Low Tech, sendo por isso bastante alargado o desafio. O público-alvo preferencial desta ação são estudantes, docentes e investigadores do ensino superior, profissionais de empresas no setor das Tecnologias de Apoio, Acessibilidade, Tecnologias da Sociedade de Informação, Mecatrónica, Design, Processos de Fabrico, pessoas com deficiência, entre outros.

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