Inaugurada no dia 18 de Maio, na Fundação Manuel António da Mota, no Porto, a exposição solidária do artista Custódio Almeida reuniu doentes, cuidadores, civis e entidades ligadas ao universo artístico, para dar voz à Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA): uma doença em que os apelos nem sempre são audíveis e inteligíveis.

Grito Mudo é uma exposição da autoria do artista plástico, Custódio Almeida, e terá lugar na Fundação Manuel António da Mota, entre os dias 21 de Maio e 29 de Junho. A ação tem um carácter social, razão pela qual parte da receita angariada na venda de cada obra (30%), reverte a favor da Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica (APELA).

Esta exposição reúne cerca de 70 obras, entre pinturas e esculturas, produzidas com materiais como madeira e ferro; bem como trabalhos do espólio do artista plástico Custódio Almeida, produzidos entre 2008 e 2011. Os trabalhos expostos nesta ação foram intitulados por “Grito” e apresentam, nesta exposição, um paralelismo com a ELA (uma doença em que a perda da fala natural e a incapacitação física total podem comprometer a comunicação da pessoa e, consequentemente, o seu direito básico de controlar, por esta via, as condições da sua própria existência).

Grito Mudo é uma exposição possível com o apoio da Fundação Manuel António da Mota.

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As fotografias, em anexo, são da autoria do fotógrafo José Chã.